DATAS COMEMORATIVAS

MÊS DE SETEMBRO


A data em destaque no mês de setembro é o "Dia da Independência", em 7 de setembro, que neste ano de 2017 comemora 195 anos do ato que oficializou publicamente a Independência do Brasil da Coroa Portuguesa. É interessante buscarmos referências mais criteriosas e pormenorizadas dessa passagem histórica, principalmente quando consideramos todo o enredo que resultou no momento eternizado na história como o famoso: "Grito do Ipiranga". Consequência de articulações e embates políticos, o acontecimento envolve personalidades no geral, pouco citadas, quando consideramos somente Dom Pedro como o maior protagonista desse episódio. Fato é que o então Príncipe Regente, depois coroado o primeiro Imperador do Brasil, exerceu o papel do herói da independência, imortalizado por um suposto ato vigoroso ao proferir com espada em punho diante de sua comitiva, às margens do riacho Ipiranga, em 7 de setembro de 1822, às 16:30hs: “Viva a independência e a separação do Brasil. Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro promover a liberdade do Brasil. Independência ou Morte!”.
Mas o ato em si, configura-se como a culminância de todo um processo de disputas, de conflitos com a Coroa Portuguesa, inclusive com a intimidação desta através da ordem dada a Dom Pedro de retornar a Portugal e abandonar a regência do Brasil, bem como de rebaixá-lo de Príncipe Regente à Delegado. Em meio a tantos interesses políticos de muitos dos fidalgos brasileiros, dos fazendeiros produtores e tantos outros que já dominavam a economia local, a atuação de Dona Leopoldina, com sua grande capacidade de articulação e notório reconhecimento como soberana, junto a figuras como José Bonifácio, podem ser citados como protagonistas desse evento tão significativo na história do país, considerado até hoje como a data mais importante do nosso calendário civil. “Ler” a história, sob a ótica da valorização do protagonismo da grande Soberana Imperatriz Leopoldina, é reconhecer o papel significativo da mulher, muito além da submissão. Numa época em que as mulheres eram renegadas a obedecer às ordens dos esposos, a jovem Carolina Josefa Leopoldina, Arquiduquesa da Áustria, se fez mulher, esposa, mãe, Imperatriz, Rainha e Soberana na plenitude da acepção de cada uma destas expressões.
Segundo relatos históricos, a Imperatriz chegou a ser chamada pelo povo que nutria grande estima e admiração por sua “Soberana”, de “Anjo do Nascente Império” e é considerada ainda hoje como a “Paladina da Independência”, sendo figura fundamental no desenrolar dos acontecimentos que culminaram na decretação da Independência; destaque como articulista política, exercendo com maestria a diplomacia junto as personalidades e lideranças da época. Foi muito querida entre os desfavorecidos e externava com convicção seu incômodo com a condição de escravidão dos negros e as injustiças pela desigualdade social. Mantinha assistência constante aos necessitados.
A consideração pela Imperatriz Leopoldina e reconhecimento do povo e dos líderes e homens públicos manifestou-se com exatidão por ocasião de sua morte em 1826, aos 29 anos, acometida de grave enfermidade, que durante dias a condicionou a um estado de penúria e colocou a população consternada em vigílias de oração e súplica. Teria dito sobre isso um representante da Prússia: “a consternação do povo era indescritível, nunca, desde a morte de Luiz XV, rei da França, sentimento unânime foi visto”. O Marques de Paranaguá escreveu a Dom Pedro I: “perdeu V.M.I. a mais digna e virtuosa de todas as esposas, e nós a melhor de todas as soberanas”.
Entender a nossa história, abrindo o leque de possibilidades é entender melhor o percurso que nos trouxe até aqui, o que nos constituiu enquanto Nação, buscando, além dos mitos, nossas mais verossímeis identidades. A seguir alguns LINKs com textos e atividades que podem ser aproveitadas junto aos alunos no trabalho pedagógico com este tema:


Fonte: 
DEL PRIORE, Mary. A carne e o sangue: A imperatriz D. Leopoldina, D. Pedro I e Domitila, a marquesa de Santos. –
Rio de Janeiro: Rocco, 2012.
FRANÇA, Mario Ferreira. A doença que vitimou Dona Leopoldina. In: D. Pedro I e Dona Leopoldina perante a
história: vultos e fatos da Independência. – São Paulo: Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, 1972, p. 279-
314.
KANN, Bettina; LIMA, Patrícia Souza. D. Leopoldina: cartas de uma imperatriz. – São Paulo: Estação Liberdade, 2006.
PRANTNER, Johanna. Vida e morte de D. Leopoldina na Áustria e no Brasil. In: 200 anos Imperatriz Leopoldina. –
Rio de Janeiro, Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 1997, p. 155-171.
OBERACKER Jr., Carlos H. A imperatriz Leopoldina, sua vida e época: ensaio de uma biografia. – Rio de Janeiro:
Conselho Federal de Cultura, 1973.
REZZUTTI, Paulo. Domitila: a verdadeira história da Marquesa de Santos. – São Paulo: Geração Editorial, 2013.
Disponível em: <https://rainhastragicas.com/2014/12/11/a-morte-da-imperatriz-leopoldina/> Acesso em: 05 set. 2017.


No aprofundamento sobre o protagonismo da Imperatriz D. Leopoldina, sugerimos algumas das bibliografias disponíveis:















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MÊS DE AGOSTO


Agosto é o mês que traz uma importante comemoração que é, no dia 22, o "Dia do Folclore" e estendendo este, todo o mês é considerado o "Mês do Folclore". Mas é bom também termos o cuidado de não limitarmos o trabalho com a temática do folclore somente no mês de agosto, correndo o risco de esquecermos que durante todo o ano estão presentes no trabalho escolar, elementos do folclore, considerando principalmente os diversos tipos de texto e as abordagens referentes a nossa cultura nos processos identitários. 
Uma boa sugestão é aproveitarmos a temática e procurarmos fugir da mesmice de trabalhar sempre as mesmas lendas, já conhecidas por grande parte dos alunos, como: Mula sem Cabeça, Saci Pererê, Curupira, Lobisomem, etc. Não que essas lendas não devam ser trabalhadas, mas há de se refletir sobre a limitação do entendimento do que é folclore. Podem ser usadas inclusive releituras dessas conhecidas lendas, mas o acervo folclórico é vasto e vai desde o que comemos, vestimos até modos de falar, entre muitos outros assuntos.
Na aba Acervo da Biblioteca, neste Blog, já disponibilizamos algumas sugestões, principalmente na parte sobre Lendas e Mitos. Mas uma outra dica é aproveitar para trabalharmos o folclore local, as histórias e lendas populares do município, como: a Lenda do Feijão Cru, Lenda da Maria Preta, também os apelidos das ruas, as festas populares, como as centenárias Folias de Reis.
Abaixo, textos instrutivos sobre o Folclore e textos das lendas aqui citadas, como também a relação de alguns apelidos das ruas e bairros de Leopoldina, que podem contribuir para diferentes tipos de abordagens junto aos alunos.

BASTA CLICAR NOS LINKs ABAIXO:

CAMPO DE AÇÃO DO FOLCLORE    FOLCLORE    APELIDO DAS RUAS    LENDA MARIA PRETA - TEBAS 

LENDA MARIA PRETA - VERSOS    CAPELA MARIA PRETA    O que são LENDAS    ORAÇÃO PRA MARIA PRETA

LENDA DO FEIJÃO CRU - Slides    LENDA DO FEIJÃO CRU - Catira    LENDA DO FEIJÃO CRU - HQ


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MÊS DE JUNHO


Junho é o mês das Festas Juninas e esse tema traz conteúdos interessantes para o trabalho com os alunos. Tanto pelo aspecto da regionalidade, das questões referentes aos costumes e práticas dos folguedos populares, que são referência da nossa própria história, das nossas origens, como pelos demais conteúdos que podem entrecortar transversalmente o currículo, ampliando o leque de possibilidades no trabalho com essa temática de forma interdisciplinar.
Como sugestão, para leitura, alguns versos de músicas típicas, desafios e por fim uma relação e referência bibliográfica para o trabalho sobre comidas típicas.


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MÊS DE MAIO

O mês de maio já começa com uma data marcante e muito importante no contexto mundial – O “Dia Mundial do Trabalhador”.  Data esta que abre para diversas possibilidades de conteúdos e atividades em sala de aula, podendo ser trabalhado de forma multi, inter e transdisciplinar. Mas se considerarmos a atual realidade do nosso país, a abordagem do tema pode ser visto como imprescindível. Uma sugestão é trabalhar a temática a partir da própria etimologia da palavra “trabalho”, fazendo a reflexão do desenvolvimento histórico das relações de trabalho no mundo e no Brasil, incluindo o contexto atual com as reformas trabalhistas e previdenciárias anunciadas.
No Blog: WWW.claudiaconte.blogspot.com é possível encontrar um texto informativo sobre o tema.

Na sequência, temos ainda em destaque no mês de maio o Dia do Campo (10); a Abolição da Escravatura (13); o Dia Internacional das Comunicações e Telecomunicações (17) e o Dia Internacional dos Museus (18). Vale ainda lembrar que é no segundo domingo de maio que comemoramos o Dia das Mães e para os cristãos, é o mês devocionado a Santa Maria, mãe de Jesus.

Sobre o Dia do Campo é sempre bom trazer como conteúdo transversal no dia a dia escolar, a educação ambiental. Sendo assim, valorizar o campo em uma data comemorativa, é trazer para a sala de aula um vasto repertório como condições de vida no campo, diferença entre a vida na cidade e no campo, a produção no campo, os modos de vida no contexto rural, entre outros.

Na questão da Abolição da Escravidão, há de se considerar principalmente a compreensão desse momento histórico e tudo que se desenrolou até chegar a esse momento, proporcionando uma análise mais crítica e não simplesmente uma homenagem a Princesa Isabel como a Redentora. O tema abre para reflexões outras como a questão do racismo, da identidade negra na nossa sociedade atualmente.

Ao abordar o tema da Comunicação e Telecomunicações, há de se referenciar as mídias atuais como as redes sociais, os telefones celulares, que nos proporcionam carregar o mundo nas mãos, os jornais e informativos virtuais e o crescimento dos canais de televisão, aberta e fechada, trazendo a reflexão do grande poder que os meios de comunicação exercem junto a opinião publica. E falando do Dia Internacional dos Museus, pode ser abordado questões sobre o patrimônio histórico e cultural, as nossas memórias.

Em relação ao dia das Mães, alguns se abstém dessa comemoração por acreditar que nas diversas configurações de família que temos hoje em nossa sociedade, seria melhor comemorar o Dia da Família do que os Dias de Mães, ou de Pais... Mas vale também ressaltar essa temática como possibilidade de refletir sobre essas diversas configurações familiares, subjetivando o tema, trazendo para o exercício dos papéis sociais, ou seja, o papel da mãe, independente de quem assim o exerça.
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MÊS DE ABRIL

No mês de abril somos brindados com várias datas significativas e que podem ser de importante colaboração no desenvolvimento do currículo escolar.
Já no início do mês, é comemorado no dia 02, o Dia Internacional do Livro Infantil, no dia 18 o Dia Nacional do Livro Infantil e no dia 23, comemora-se o Dia Mundial do Livro e do Direito do Autor, como vemos, é um mês em que o livro está em destaque. Destaque também para o Dia Mundial da Saúde, no dia 07, tema tão pertinente e imprescindível de ser levado as discussões, tanto para educar para o bem estar coletivo e individual. Entre as datas cívicas, temos em 19, o Dia do Exército Brasileiro e o Dia do Índio (tema muitas vezes interpretado de forma superficial e até mesmo equivocada, estereotipando a cultura indígena e negando a atual realidade de exclusão e até mesmo de invisibilidade dos povos indígenas do Brasil), em 21, o Dia de Tiradentes (lembrando a Inconfidência Mineira), em 22, o dia que marca a chegada dos Portugueses no Brasil, também o Dia da Força Aérea Brasileira e o Dia do Planeta Terra. E findando o mês, no dia 30, temos o Dia Nacional da Mulher, tema que não se esgota e cada vez mais necessário que seja contextualizado, considerando a necessidade de protagonismo e afirmação social da mulher e a violência contra a mulher que ainda permeia as relações sociais.
No caso da cidade de Leopoldina, também comemoramos no mês de abril, no dia 27, o aniversário de emancipação do Município.

Destaque para alguns dos materiais que integram o acervo das Bibliotecas Escolares (fonte: FNDE/MEC), e que podem colaborar, como significativa referência, no planejamento escolar de forma multi, inter e transdisciplinar nos temas alusivos ao mês de abril.
 

Datas comemorativas são recursos interessantes para o trabalho escolar, pois cumprem o papel de contextualizarem socialmente os diversos temas que dizem respeito a nossa vida, nossa história, podendo levar a uma aprendizagem mais significativa. Um único tema, abre para o trabalho nas diversas disciplinas, como desencadeador de reflexões, discussões, desafios, proporcionando a construção de competências e habilidades com significado pra vida – o que pode garantir uma sistematização e consolidação das aprendizagens – lembrando que aquilo que toca nossas emoções tem fixação garantida nos nossos processos neurocognitivos.